terça-feira, 23 de março de 2010

Associação ILGA Portugal


A Associação ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero é uma associação de solidariedade social, que luta pela melhoria da qualidade de vida, integração e interacção da população lésbica, gay, bissexual e transgénero na sociedade em geral.
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quinta-feira, 18 de março de 2010

"Se a tua mãe fosse lésbica, mudava alguma coisa?"

Depois da aprovação pelo parlamento da igualdade no acesso ao casamento, a ILGA lançou uma campanha pela discriminação dos homossexuais mas é já visível a sua próxima batalha, que se adivinha tão dura quanto complexa: a adopção.


A teoria da história defende que a mentalidade de um povo é aquilo que mais tempo demora a mudar, sobretudo no que se refere a assuntos fracturantes. Mas os portugueses parecem estar no bom caminho. Veja-se a aceitação da legislação dos casamentos homossexuais, cuja prova está no facto de, depois da recente legalização dos casamentos homossexuais pela Assembleia da República, a maioria dos portugueses (52%) ver com bons olhos o casamento entre pessoas do mesmo sexo, contra 46,4%, que querem um referendo sobre o assunto. Defendido pelas alas mais conservadoras da sociedade, o referendo tem perdido apoiantes desde 2006, alvo revelador da mudança de mentalidade, agora mais, confortável com o tabu e receosa da mudança.


Mas o salto será dado quando a sociedade conseguir aceitar algo bem mais complexo que é a adopção de crianças por casais do mesmo sexo. Ciente de que ainda há um (longo) caminho a percorrer, e como que aproveitando o momento da discussão, a ILGA lançou um campanha publicitária anti-homofobia, no sentido de preparar mentalidades para esse passo seguinte: a adopção.


Segundo a ILGA esta campanha pretende mostrar "que é tempo de reconhecer que lésbicas e gays são mães e pais, filhas e filhos, irmãs e irmãos, vizinhas e vizinhos, amigas e amigos, familiares ou colegas e que é tempo de deixar de dizer 'eles' e 'elas' e de finalmente passarmos todas e todos a dizer 'nós'."


Fonte: DN



terça-feira, 2 de março de 2010

Cantinho da Literatura




"Amor sem tréguas"

É necessário amar,

qualquer coisa ou alguém;

o que interessa é gostar

não importa de quem.

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No importa de quem,

não importa de quê;

o que interessa é amar

mesmo o que não se vê.

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Pode ser uma mulher,

uma pedra, uma flor,

uma coisa qualquer,

seja lá o que for.

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Pode até nem ser nada

que em ser se concretize,

coisa apenas pensada,

que a sonhar se precise.

k

Amar por claridade,

sem dever a cumprir;

uma oportunidade

para olhar e sorrir.

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Amar como um homem forte

só ele o sabe e pode-o;

amar até à morte,

amar até ao ódio.

ç

Que o ódio, infelizmente,

quando o clima é de horror,

é forma inteligente

de se morrer de amor."


António Gedeão, in Máquina de fogo