quinta-feira, 29 de abril de 2010

Católicos apelam ao veto do casamento gay


Leigos católicos rezaram para que Cavaco Silva "seja iluminado", e vete o diploma. Na Faculdade de Direito de Lisboa o assunto já chegou aos enunciados dos exames.

Um grupo de leigos católicos pela responsabilidade social organizou ontem um encontro de oração, na igreja da Encarnação, em Lisboa, com a finalidade de mostrarem a preocupação com a questão da viabilização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Posteriormente, o grupo entregou uma carta ao Presidente da República apelando para que vete a lei que teve luz verde do Tribunal Constitucional.
"Nós pretendemos que as pessoas se juntassem em oração e pedissem ao Espírito Santo que ilumine o Presidente da República, para uma questão que ainda não está acabada e que só agora está nas suas mãos", afirmou Sofia Guedes, uma das responsáveis pela organização do encontro. "Estamos preocupados com a família e com a condição humana, e por isso queremos transmitir-lhe que estamos do lado dele na procura de um bem comum e dos valores em que assenta a nossa sociedade", acrescentou.
Mesmo sem quererem "julgar ninguém", o grupo dá conta de que "não poderia pôr de parte a sua intervenção social e política" nesta matéria.
José Maria Duque, de 24 anos, pensa que "esta lei é um culminar de leis que vêm contra a nossa matriz de sociedade". "Caminhamos num sentido em que cada vez mais as leis vão contra o sentido natural da vida. Caminhamos para uma ditadura da democracia por não reconhecer um valor que está acima da lei escrita", argumentou o jovem católico, afirmando que a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo "trará consequências dramáticas para a sociedade, entre as quais o reconhecimento da homossexualidade como direito fundamental".

Exame polémico
Na quarta-feira, um docente da Faculdade de Direito de Lisboa (FDL) colocou num enunciado de um exame de Direito Constitucional questões associando o casamento entre homossexuais à poligamia e ao casamento com animais. No Facebook, um grupo de alunos consideraram-nas "uma provocação discriminatória e ridícula" e a polémica instalou-se na Internet.
Na prova dada por Paulo Otero, pretendia-se que os alunos argumentassem sobre a constitucionalidade e a inconstitucionalidade de um complemento à lei em que fosse admitido "o casamento poligâmico entre seres humanos", um matrimónio de "um ser humano com um animal vertebrado doméstico da mesma espécie, desde que exista consentimento dos respectivos donos". A contestação por parte dos alunos foi tal que foram até criados grupos na rede social Facebook em que "acham que o professor Otero devia ler o artigo 13.º da Constituição" sobre o direito à igualdade e outro que apela à demissão do docente.
Contactado pelo PÚBLICO, Paulo Otero limitou-se a dizer que "o silêncio é de ouro se a palavra é de prata. Porém, o Conselho Pedagógico da FDL já fez saber que vai analisar o enunciado da prova.


In Público,

Sexta-feira, 23 de Abril de 2010

3 comentários:

  1. quando é a apresentação do projecto?

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  2. Vi essa noticia no jornal, está bem trabalhada! parabens, optimo trabalho

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  3. está giro o vosso blogue! parabens

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